Talvez você não goste do que vai ler, comente para conversarmos a respeito, depois não diz que eu não avisei... E eu sei que estou generalizando, que nem todas as igrejas são assim e bla bla bla, mas preciso falar isso.
Muitas vezes igrejas, não somente luteranas mas de qualquer denominação, exercem certo tipo de “capitalismo gospel”. Tal “filosofia” é regida pelo público: quanto mais membros na igreja melhor. Até aqui tudo bem, mas temos algumas problemáticas:
1. Quando, para crescer a igreja, pesca-se na lagoa alheia, busca-se membros que já estão congregando. Uma vez que a pessoa já tem uma vida de fé, só lhe resta crescer no conhecimento, sabedoria, etc, para acrescentar na igreja que JÁ congrega. Eu acho muita sacanagem querer abrir uma igreja “nova” tirando todos os líderes membros da outra, sabe porque? Pelo simples fato de que a comunidade se empenhou em formar tais líderes, se empenhou em buscar aperfeiçoá-los para a obra de Deus, e agora vira-se as costas. Sem mencionar a fuga da resolução dos “problemas” da igreja atual em busca de uma igreja perfeita, o que é utopia.
2. Elitização da igreja. O objetivo da igreja é alcançar o perdido, Cristo veio para os doentes e não para os sãos, então, PRA QUE FICAR NA ELITE? A igreja deveria estar cheia de mendigos, de prostitutas, de homossexuais, de ladrões, de viciados, DE DOENTES (Mt 9:12). Buscar e salvar O PERDIDO (Mt 18:11). Mas “se eu for visto com alguém ‘desse tipo’ vai manchar meu testemunho”. Me perdoem mas eu tenho nojo de quem pensa assim. O amor de Deus é tão grande que é anti-bíblico e egoísmo permanecer com ele só para si ou só para a elite, só para os riquinhos, só para quem nasceu em lar cristão, só para os “imaculados”.
3. Alguns infelizes pastores acham, não sei como, que de alguma forma serão tão populares quanto a Lady Gaga. Querem fazer de tudo para ter a maior igreja, a melhor casa, o melhor carro, o programa de TV com mais telespectadores, a comunidade com mais eventos. Querido pastor, se você estiver lendo esse texto agora, preciso ser sincera com você: nem que você vá pregar com uma peruca rosa pink, isso não vai te fazer melhor ou pior do que ninguém. Pastores assim são os “cabeças” do capitalismo gospel regido pela moeda traduzida em pessoas.
Lutero, Wicliffe, Huss, entre outros reformadores, tiveram suma importância no resgate da bíblia dentro da igreja do século XVI. Já se passaram cinco centenas de anos após esse evento memorável e estamos no século XXI, logo, precisamos de reforma para o século XXI. Precisamos de reformistas da nossa época.
Não estou aqui para solucionar as problemáticas expostas, nem para dar uma de reformista, longe de mim. Só precisava desabafar. Termino com um trecho de Karl Barth: “O Evangelho não deve servir só para pregar e regular nossas relações com Deus, mas também para nos ensinar como nos comportarmos com os outros homens; e isso não de maneira genérica e abstrata, mas sim de modo concreto, de acordo com a variação das circunstâncias e das situações históricas. É preciso voltar-se para o Evangelho a fim de conhecer o juízo de Deus sobre as decisões, os empreendimentos e os programas humanos.”
Maitê Beatriz Brueckheimer http://www.avidacerta.com/
Hoje é o dia da reforma. Pesquisem algo a respeito do assunto. É um dia memorável e não podemos deixá-lo passar em branco! Reflita!
Uma boa, agradável e abençoada semana a todos!
Fiquem com DEUS!!!
Programação pro sábado(05/11):